A emboscada

A revolução estava em curso e as forças revolucionárias vindas do Sul chegavam em  Quatiguá, onde pretendiam fixar o quartel-general. Diante disso, Joaquim Cardoso, fiel ao governo legalmente constituído, certa noite embarcou no automóvel do jovem Olímpio França, que ia de chauffeur, em companhia do delegado Osório e Silva e do sargento Trevisan. Seguiram para Ourinhos, na divisa do Paraná com São Paulo, para transmitir às forças paulistas informações sobre a aproximação das tropas revolucionárias e receber instruções de como agir em resistência.

Na volta, de manhãzinha, uma embocada os esperava. Foram recebidos por tiros desferidos de um bar situado na rua Marechal Deodoro, ao lado de um terreno baldio no qual mais tarde seria construída a Casa Setti.

Olímpio França parou o automóvel, os passageiros desembarcaram ligeiro, posicionaram-se atrás do carro e responderam ao fogo. Alertado pelo barulho, Eugênio Felipe de Azevedo, cunhado de Joaquim Cardoso, correu para se unir ao grupo e responder ao ataque. A troca de tiros continuou por algum tempo, até que Coroliano de Lima, político adversário que comandava a tocaia, foi atingido, e jamais pôde ser precisado quem disparou bala certeira. Encerrado o recontro, Joaquim Cardoso e seus companheiros conduziram o ferido para o Hotel Pievani e chamaram um médico para atendê-lo, mas a vítima não resistiu ao ferimento.

 

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