Vendida a fazenda para Luiz Marques, cunhado de Maria José Azevedo Marques, sua irmã por parte de pai, e concluída a partilha dos bens, Maria Justina e Elias Felipe foram morar com a irmã Ana Vicência e seu marido Joaquim Cardoso na Vila de Afonso Camargo, depois chamada Joaquim Távora.
Sua parte na herança foi então entregue aos cuidados de seu irmão Joaquim Felipe, que, a partir de então, encarregou-se de supri-la em suas modestas despesas.
Em casa da irmã Ana Vicência, Maria Justina ajudava nas tarefas domésticas. Cozinhava, lavava e passava roupas e atendia os sobrinhos pequenos. A vida tornou-se difícil para uma criança que se criara cercada dos cuidados e carinhos da mãe e livre dos pesados encargos domésticos.
Aos doze anos contraiu maleita, e, numa noite, tomada de febre alta, sentiu sede e chamou por alguém, mas sua voz débil não foi ouvida. A sede aumentou cada vez mais e Maria Justina começou a pedir pela mãe. De repente, a viu aproximar-se carregando um copo d’água, achegou-se a ela, levantou sua cabeça e deu-lhe de beber. Saciada a sede e sentindo-se refrescada, Maria Justina adormeceu.
Essa cena ficou-lhe como um sonho muito bonito – e admitir diferente lhe teria sido mergulhar no maravilhoso –, mas ela a recordou por toda a existência com a nitidez de realidade vivida.